UMA PERSPECTIVA SOBRE A PANDEMIA POR PAULO TESSUTO
Um belo dia resolvi mudar. Não, não… espera. Um belo dia eu tive que mudar. Como o tempo passa rápido! Foi o que eu pensei quando me dei conta de que já faz um ano e dois meses que vivemos tempos pandêmicos no qual fomos privados de muitas coisas que nos fazem falta. Algumas delas nos foram tiradas e tudo isso me fez refletir sobre o quão frágeis as coisas são. Como num passe de mágica tudo se desfez para novamente nos transformar de dentro para fora e esse processo faz parte de nossas vidas. De tempos em tempos temos que nos reinventar para nos adaptarmos ao cotidiano em que estamos inseridos. É evolução que fala?

Mas afinal, o que mudou? Acho que a pergunta seria: o que não teve que mudar?
Parando para pensar, tudo muda a todo momento. Mudamos de roupas, de casa, mudamos hábitos, mudamos os lugares que frequentamos, a cor do nosso cabelo, o estilo de música que ouvimos, o prato de comida. Por mais que tenhamos hábitos que nunca abandonamos, a maior parte das coisas que nos cercam uma hora ou outra acabam mudando.
A parte mais difícil é a que fica a encargo das coisas que relutamos em mudar, mesmo que o cotidiano ao nosso redor clame por mudança. Ou então aquelas coisas tóxicas que sabemos que nos fazem mal mas mesmo assim seguimos o baile a torto e à direita. Autodestruição que chama? Está nos livro e tal.
Mas, e quando as raves voltarem? Voltará a ser tudo como era, né? Provavelmente não.
Eu fico imaginando como serão as primeiras festas após a pandemia e o quão hedonista será a confluência de toda essa energia acumulada, presa, represada em apartamentos, casas, estúdios, cozinhas, salas, etc. e tal. Toda essa energia que provavelmente foi canalizada em celulares, televisões e computadores se encontrará nas pistas de dança para finalmente podermos celebrar a retomada de nossas vidas sociais. Serão momentos únicos e o país todo estará provavelmente fazendo a mesma coisa, comemorando. Abraçando, beijando, tocando e sendo tocado, tanto por fora como por dentro.
É preciso termos esperança de dias melhores, mesmo quando tudo parecer piorar, para que tenhamos força para seguir em frente e serenidade para aceitar as coisas que não conseguimos compreender.
E novamente a mudança aparece, mesmo quando as coisas parecem remeter aos tempos que vivíamos.
Mudança também me lembra metamorfose mas, como já falei muito sobre mudança, está na hora de mudar.
Paulo Tessuto
Comments (13)
O que não muda é meu carinho por vc ? meu amigo sauuuuuude mennnntal!!! ?
Ain que lovi.
Sdds tb
La única cosa que no cambia es el cambio mismo!
Heráclito! O filósofo griego que descobriu onde ficava o clítoris! Brinks rs
Hahaha. Mandou bem
Nada vai ser como era, esse tempo pandemico nos ensinou o que realmente é celebrar, e não se trata somente de sexo, drogas e Techno, e sim o real propósito, CELEBRAR. Celebrar aquele momento único que já mais será vivenciado, aquele frio na barriga quando a música faz a gente vibrar todo o corpo, que a única câmera que importa é aquela vista pelos seus olhos que jamais será esquecida, para sempre será lembrada. A plena celebração.
E fica a cargo de quem sobreviveu a tudo isso celebrar a vida dos mais d 400 mil mortes q poderiam ter sido evitadas, lembre-se que todos temos o direito a vida, e as delas foram tiradas. Mas do que nunca a frase “viva intensamente” nunca fez tanto sentido, mas lembre-se, se proteja, use máscara, conscientize o voto dos que lhe rodeiam por mais difícil que seja. Para os que não deram o braço a torce, o mundo não gira ele capota. Cuidem dos seus que eu cuido aqui dos meus ?✨
Ótima reflexão, muito obrigado
Mudança, metamorfose, vida. É preciso!
EH isso aí tal
Vida longa Caps ?❤️❤️❤️
Obrigadim!
🙂
é isso!
<3
è sobre isso